quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

We are anonymous

"As gentes começam a juntar-se nas imediações do estádio por volta das 15h. Abrem-se as malas dos carros: há leitão, há cabrito, há tachos de arroz, há batatas fritas de pacote, há sacos enormes de pão, há azeitonas, há queijo, há grades de cerveja a perder de vista, há garrafões de vinho. Há cachecóis e bandeiras do Benfica. As gentes comem e convivem. Já são quase 18h. Assam-se umas chouriças ao ar livre. Mais pão. Mais azeitonas. Alguém pergunta pelo leitão. Já foi todo. E o cabrito também. Mais cerveja. Mais vinho. Mais convívio e mais Benfica. Já são quase 20h. As gentes guardam os despojos do banquete novamente nas malas dos carros e encaminham-se para o Marcolino de Castro. É um mar de gente. Aquele estádio minúsculo nunca na vida poderá albergar tamanha multidão. Mas as gentes não entram. Centenas e centenas de aparelhos de rádio são ligados. As gentes cantam pelo Benfica e aplaudem. O barulho é ensurdecedor. Lá dentro, os vinte e sete sócios do Feirense também aplaudem a sua equipa. Os jogadores do Benfica não vêem ninguém de encarnado nas bancadas mas sentem-se como se estivessem perante 65 mil almas na Luz. Sim, o barulho é realmente ensurdecedor. Cá fora canta-se o hino do Benfica a plenos pulmões e vozes entarameladas pela cerveja e pelo vinho. Os jogadores arrepiam-se. Um funcionário do Clube Desportivo Feirense dirige-se à turba e, hesitante, a medo, pergunta: "Mas... Não vão entrar?" A família benfiquista ignora o homenzinho, prossegue com os cânticos de apoio e, algures, um cartaz é erguido: "Vão roubar para a puta que vos pariu"." - Éter

Entretanto a filosofia ganhou forma: apoiamos por fora

E muito me faz lembrar da nova moda: 


Para este fim de semana já não será possível demonstrar a força desta ideia, mas em Coimbra o boicote deve ser total, porém o apoio deve ser o máximo à equipa mas fora do estádio.

Eu vou estar presente no exterior do estádio de Coimbra.

E tu?

Adenda: não te esqueças de votar aqui ao lado.

1 comentário:

  1. Claro, o pessoal do Benfica que fica a norte de Lisboa perdia as poucas oportunidades de ver o Benfica ao vivo em troca de uma luta patética. Se me chocam os preços dos bilhetes? Sim, claro. Se eu fosse presidente de um clube pequeno faria o mesmo? Claro, era parvo se não o fizesse. E como a grande maioria dos sócios e adeptos do Benfica não anda na Net ou em blogues essa luta/ação manifestante acaba por não ter resultados. A não ser que levem alguns membros das claques dos porcos e dos sapos armados de paus e pedras a violentar fisicamente todos aqueles que se apresentem no estadio vestidos de vermelho... Mas mesmo assim, tenho dúvidas. Se estivesse longe de Lisboa, e se tivesse poucas oportunidades de ver ao vivo o meu Benfica até pagava com um rim...

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